terça-feira, 26 de outubro de 2010

Tem mesmo uma eleição aí?

Vem segundo turno aê, moçada! Falta pouco para que possamos conhecer quem vai 'guiar' os destinos da nação - sim, a 'guia' vai 'aspeada' por conta de uma indissolúvel sensação minha de que ela representa algo muito, mas muito inoportuno quando o assunto é eleição, fica a dica! - e, mesmo ausentando-me propositadamente nas últimas semanas de opinar por aqui (hehehe), não resisti e torno a manifestar o que penso.

Antes de mais nada que fique claro: eu voto em Dilma Roussef. Voto claramente declarado, sigo com o que efetivamente me preocupa. Vocês não têm uma sensação de que faltou algo nessa disputa presidencial? De que o debate - não apenas os midiáticos - foi raso e desprovido de preocupações além das elaboradas pelos 'gurus' eleitorais?

As comparações entre modos diferentes de governar são válidas; a apresentação dos currículos dos presidenciáveis procede; as acusações, que foram muitas e desnecessárias de ambas as partes, se mantém até; a mudança de rumo marqueteira nos programas eleitorais sustenta-se pela urgência da data limite; e nem mesmo a baixaria reinante pode ser defenestrada, afinal ela é um recurso, ainda que questionável, mas o é.

Então, bravo leitor/opinador que por aqui me dá atenção e necessárias opiniões, o que de fato me incomoda nessa reta final é algo bem mais básico e objetivo. Faltou alma, coração, humanidade e uma agressiva - para usar um termo que foi amplamente utilizado para avaliar o atual processo eleitoral - referência ao povo, à população, à gente de verdade, enfim, à sociedade brasileira nas propostas das candidaturas postas.

Algum de vocês foi capaz de sentir algo além das elocubrações marqueteiras em alguma das duas campanhas? Sim, porque não estou aqui querendo ser dono da verdade, mas eu não fui capaz de me sensibilizar por nada do que foi apresentado, não conseguindo, assim, ver, ouvir ou sentir nada além de recursos que constam em manuais do tipo 'como se ganha uma eleição' - ou 'como se perde', claro. Será que eu é que estou decididamente vacinado em relação aos processos de comunicação eleitoral ou o que sinto é efetivo e demonstra o distanciamenro cada vez maior da eleição do eleitor, que é, ou  ao menos deveria ser, quem realmente interessa? Opinem e ajudem a um modesto 'opinador' a dirimir essa dúvida...